O levantamento aponta que o preço médio de e-book teve queda de 25% devido à pandemia. Foto: Felipe Pelaquim/Unsplash.

Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro revelou que o faturamento das editoras com conteúdo digital em 2020 apresentou crescimento de 36% em termos reais, considerando a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período. A receita foi de 147 milhões contra R$ 103 milhões em 2019. Assim, o conteúdo digital passou a representar 6% do mercado editorial brasileiro em 2020. Em 2019, esta fatia era de 4%. 

Coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), essa é a segunda edição da pesquisa, trazendo dados apurados pela Nielsen Book sobre a produção e as vendas de e-books, audiolivros e outras plataformas de conteúdo digital em 2020. O estudo mapeia o conteúdo digital geral em três categorias: Ficção, Não Ficção e Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP). Em termos de representatividade, CTP sai à frente com 39% do total, seguido por Não Ficção (32%) e Ficção (28%). 

Do faturamento total com conteúdo digital em 2020, R$ 103 milhões foram de unidades vendidas (à la carte) e R$ 44 milhões foram por meio de outras plataformas de distribuição, como biblioteca virtual e serviços de assinatura de leitura digital. Em relação à quantidade, foram 8,57 milhões de unidades vendidas à la carte, sendo 92% de e-books e 8% de audiolivros. Quanto aos lançamentos, foram 10 mil títulos novos em circulação no mercado no ano passado, uma alta de 16% no comparativo com 2019. A categoria que mais registrou lançamentos de um ano para o outro foi Ficção, com um aumento de 27%.