Seis dias após o incêndio no galpão da Cinemateca Brasileira, a filha do cineasta baiano Glauber Rocha, Paloma Rocha, relatou o descaso com o acervo do pai. De 300 caixas que estavam na instituição, na sede na Vila Clementino, 100 estavam no galpão da Vila Leopoldina. “O que pegou fogo não tenho cópia. Só tenho cópia do que está no galpão que ainda não torrou”, disse.
Antes mesmo do fogo, 100 caixas foram molhadas em uma enchente de 2020, segundo a cineasta. Ela também denunciou a falta de documentação do acervo e elencou o que foi, de fato, perdido. “O que pegou fogo ao que se refere ao Glauber: toda documentação do Tempo Glauber, o restauro dos filmes, os catálogos internacionais, as teses, cartazes originais, esse material todo da Bahia que já citei, isso tudo pegou fogo ontem”.