A Fundação Nacional das Artes (Funarte) perdeu muito da sua capacidade institucional e de promoção de políticas públicas desde 2015 e, nos primeiros 100 dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, realizou a recomposição imediata do orçamento, de R$ 160 milhões, para atingir suas áreas de atuação. Em entrevista à Agência Brasil, a presidente da instituição, Maria Marighella, afirma que a Funarte está focada em pagar as dívidas contraídas no último governo.
Atriz, professora, produtora teatral e ex-vereadora de Salvador, a presidente conta que foi convidada para o cargo pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, devido à extensão artística do seu currículo e suas passagens na Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), na Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) e na prórpia Funarte.
“Isso é absolutamente inédito para mim e significa dizer que a política nacional das artes não é apenas uma atribuição da Fundação Nacional de Artes, mas de todo o Ministério da Cultura. Então, essa é a primeira tarefa para a gente aqui, atuar nesse ministério refundado no restabelecimento das suas políticas, mas também no futuro dessas políticas na recuperação institucional dessas políticas, mas sobretudo numa necessidade de materializar no país a política nacional das artes”, afirma Marighella à Agência Brasil.
A presidente promete recuperar a relevância da Funarte, com maior diversidade nacional, e promover a cultura como um vetor de desenvolvimento econômico. Ainda este ano, segundo Marighella, a fundação vai voltar para sua sede no Palácio Capanema, após as obras de recuperação do edifício histórico que tentou ser vendido pelo governo de Jair Bolsonaro.
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