A Fundação Cultural Palmares (FCP), do Ministério da Cultura, voltou a ter como parte de sua identidade visual o símbolo do machado do orixá Xangô, que já está de volta para a fachada da sede da fundação. O anúncio foi feito durante a posse do produtor cultural baiano, João Jorge Rodrigues, na presidência da entidade, nesta quinta-feira (27), em Brasília.
O machado foi retirado da logomarca da FCP, em dezembro de 2021 pelo então presidente da entidade, Sérgio Camargo, e trocado por uma figura com elementos em verde e amarelo. Na época, integrantes do movimento negro consideraram a alteração como uma ofensa ao legado da Fundação Palmares.
De acordo com João Jorge, durante discurso na solenidade, o machado de Xangô é considerado símbolo da Justiça por vários povos africanos: da África do Sul ao Egito, do Egito a Camarões, da Gâmbia ao Senegal. O novo presidente da entidade adiantou que, como parte da retomada de suas atividades, a Fundação Cultural Palmares terá nova sede.
“Haverá um novo lugar para pregar nossas insígnias, nossas coisas. Será lindo demais. Este é o futuro que chegou sem reclamação, olhando para a frente e com Xangô conosco”, afirmou.
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