Geovana Cléa e “The Gift”. Foto: Maria Daiane

Desde o dia 28 de fevereiro, a Galeria Hugo França, em Trancoso, está recebendo a exposição “Sertões”, com 26 obras que a artista Geovana Cléa produziu no período em que deixou sua casa na Itália para viver uma experiência de reconexão profunda com suas origens e com a terra que molda sua arte. Todas as criações carregam a essência do sertão, esculpidas a partir de quatro tipos de barro, colhidos manualmente pela artista em lugares que contam sua história. Cada obra tem um nome e uma história, sendo um elo entre passado e presente, e estarão disponíveis até 20 de junho.

O barro do sertão da Bahia, extraído da fazenda deixada por seu pai, dá vida à obra “The Gift”, um tributo às origens. O barro da Ilha do Ferro, ancestral, carrega a energia do tempo. O barro preto de Inhapi, vindo das lagoas da região, remete à tradição da louça de barro. Já o barro vermelho, encontrado à beira da estrada da Promissão, carrega a generosidade da terra e das pessoas. “Dentro de mim, minha arte era minha terra. Ela me trouxe de volta para perto de mim mesma, daquela menina que sonhava e viajava por meio dos seus livros”, disse Cléa.

A maioria dos trabalhos traz cristais especiais — e alguns vintages — em parceria com a Swarovski, garantindo autenticidade e brilho único, além do uso exclusivo de pós e tintas naturais em colaboração com a Ibratin. A exposição não se limita às paredes: ela se espalha pelo espaço, convidando o público a caminhar entre as obras e a se conectar com a matéria-prima essencial do trabalho de Geovana. A curadoria é assinada pela arquiteta alagoana Mariana Moura, especialista em arte contemporânea.

Geovana Cléa. Foto: Maria Daiane

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