Uso de telas por Crianças e Adolescentes. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Na última terça-feira (11), o Governo Federal lançou o “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, uma publicação que oferece recomendações aos pais e responsáveis para combater o excesso de tempo em frente às telas em geral. A iniciativa visa construir um ambiente digital mais seguro, equilibrado e saudável, além de dar instruções a professores e educadores. Segundo Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, o documento foi elaborado com base em evidências científicas e na escuta das crianças, adolescentes, suas famílias, educadores. O guia será permanentemente atualizado pelo governo

“O uso é basicamente individual, muito fácil, a qualquer momento, em qualquer lugar, o que dificulta a supervisão de adultos, que não têm, exatamente, a noção do que está sendo acessado e que tipo de conteúdo está à disposição daquela criança e adolescente naquele momento. A aliado a isso, temos a produção de conteúdos voltada para gerar engajamento”, afirmou secretária-executiva do ministério Janine Mello. A publicação também explica como funciona o modelo de negócios das plataformas digitais e aborda o valor econômico de informações coletadas massivamente em relação ao comportamento e aos padrões de uso dos usuários.

Recomendações do “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”:

  • Não usar telas para crianças com menos de 2 anos, salvo para contato com familiares por videochamada;
  • Não disponibilizar celular próprio para crianças antes dos 12 anos;
  • O uso de dispositivos digitais deve se dar aos poucos, conforme a autonomia progressiva da criança ou adolescente;
  • O acesso a redes sociais deve observar a classificação indicativa;
  • O uso de dispositivos eletrônicos, aplicativos e redes sociais durante a adolescência (12 a 17 anos) deve ter acompanhamento familiar ou de educadores;
  • O uso de dispositivos digitais por crianças ou adolescentes com deficiência, independentemente de faixa etária, deve ser estimulado para permitir a acessibilidade e superação de barreiras;
  • Escolas devem avaliar criteriosamente o uso de aparelhos para fins pedagógicos na primeira Infância e evitar o uso individual pelos estudantes.
Celular
Celular. Foto: Fernando Frazão.

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