O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) divulgou cerca de 160 horas de gravação das câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. As imagens estavam sob sigilo, pois fazem parte de inquérito policial, mas foram liberadas a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A decisão pela liberação das gravações se deu após a CNN Brasil divulgar algumas das imagens, mostrando que o então chefe do GSI, general Gonçalves Dias, circulava em meio aos invasores. Depois da publicação, Gonçalves Dias acabou pedindo demissão. Pelo menos nove servidores foram identificados pelo próprio GSI.
Os vídeos mostram diálogo acalorados entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, congressistas e autoridades após a ação dos vândalos, além de uma sequência de falhas de segurança que proporcionaram a ação desimpedida dos invasores por um longo período.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o presidente Lula solicitou ao ministro interino do GSI, Ricardo Capelli, que faça um raio-x dos servidores que estão hoje no GSI e que possam ter participado dos atos golpistas. Em nota, o gabinete informou que os agentes estavam buscando evacuar o quarto e o terceiro piso para concentrar os invasores no segundo andar, onde foram presos depois da chegada da Polícia Militar do Distrito Federal.
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