Guerra na Ucrânia. Foto: Clodagh Kilcoyne/Reuters.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia completa um ano nesta sexta-feira (24) com milhares de vidas perdidas, milhões de pessoas que deixaram suas casas e milhões de crianças que abandonaram as escolas. Segundo a Organização Nacional das Nações Unidas (ONU), o número de mortos é de 7 mil, mas as fontes militares apontam 300 mil mortos.

A guerra teve início com a invasão da Rússia ao território ucraniano em 24 de fevereiro de 2022 para desafiar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que tem como principal liderança os Estados Unidos. Para o presidente russo, Vladimir Putin, a expansão da Otan em direção aos países do antigo Leste Europeu tornaria a Ucrânia um membro permanente do grupo, um risco para as fronteiras da Rússia.

“O que está acontecendo, na realidade, não é guerra da Ucrânia. É guerra na Ucrânia. É uma guerra do Ocidente contra a Rússia”, afirmou o diretor do Instituto de Politicas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), professor Hector Luis Saint-Pierre. O especialista explica que, em 2014, a Ucrânia passou por um golpe de Estado, com apoio financeiro declarado dos Estados Unidos, para destituir o presidente eleito Petro Poroshenko, que não pretendia entrar na Otan.

O Brasil também sentiu os efeitos dessa guerra em sua economia. “Houve aumento da inflação e, então, medidas foram tomadas, como o  aumento significativo da taxa de juros, o que causa impacto negativo no aumento da produção e no desenvolvimento das atividades econômicas dentro do país”, afirma o professor de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Ricardo Caichiolo.

Tropas russas. Foto: Alexander Ermochenko/Reuters.

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