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Gusttavo Lima. Foto: Reprodução/Facebook

Na tarde desta segunda-feira (23), a juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJ-PE), decretou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima. A decisão possui vínculo com a Operação Integration, dedicada a investigar um suposto esquema de lavagem de dinheiro.

O mandado foi expedido pela 12ª Vara Criminal do Recife e ocorreu após o Ministério Público devolver o inquérito para a Polícia Civil, quando houve a recomendação de substituir prisões preventivas por outras medidas cautelares, na última sexta-feira (20), de acordo com apuração da Folha de São Paulo. O pedido foi rejeitado.

“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro do cantor], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, relatou a juíza.

De acordo com o documento, Gusttavo Lima esteve em uma aeronave acompanhado de José André da Rocha e Aislla Rocha – dono da casa de apostas VaideBet e sua esposa -, em uma viagem internacional “seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”. O casal está sendo investigado pela Operação Integration.

“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, discrimina o documento acessado pela Folha.

Além disso, a juíza também relata que, em 1º de junho, Gusttavo Lima adquiriu 25% da VaideBet, empresa investigada pela operação, podendo trazer indícios de um possível envolvimento do cantor em um dos esquemas investigados pela polícia. “Essa associação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações e a legitimidade dos vínculos estabelecidos”, cita a decisão.

A Operação Integration está encarregada de investigar um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos de azar, irregulares no Brasil. No dia 04 de setembro, a influencer Deolane Bezerra teve sua prisão decretada e um avião da Balada Produções e Eventos, empresa de Gusttavo Lima, foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo.

Segundo a equipe do cantor, na época, o equipamento havia sido vendido com contrato registrado junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB-ANAC), para a empresa J.M.J Participações. Portanto, embora a aeronave estivesse registrada em nome da Balada Produções e Eventos, as operações seriam de responsabilidade do novo proprietário, até a tramitação completa da venda e registro na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Gusttavo Lima. Foto: Reprodução/Instagram

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