Larissa Luz. Foto: Caio Lírio.

Nessa quinta e sexta-feira (08 e 09), o Ilê Aiyê realiza o evento “Curuzu Afrofuturista” no canal do bloco no YouTube. Serão duas transmissões ao vivo de mesas de conversa que se propõem a debater sobre o Afrofuturismo como movimento estético, cultural e social, que se afirma a partir de perspectivas negras, mirando em um futuro onde pessoas negras existem e são diretamente responsáveis pelo mundo em que vivem.

Os temas das mesas são “O Poder da Música” e “Artes e Estética”, respectivamente. Os dois encontros giram em torno da reflexão sobre a existência negra nas artes, na política, nos mais diferentes espaços a partir do encontro entre história, tecnologia, ciência e inovação. “o Ilê Aiyê deseja fortalecer esse conceito, abordando temas como racismo, liberdade de expressão, empoderamento e projeção de futuro, problematizando questões históricas, econômicas e sociais dos negros”, defende Antônio Carlos Vovô, presidente da entidade.

No primeiro dia do “Curuzu Afrofuturista”, a mesa “O Poder da Música” recebe como convidados os artistas baianos Larissa Luz e Japa System, com mediação do professor de música e percussionista Mário Pam. O debate vai girar em torno da música como instrumento fundamental para colocar a experiência negra como central nas narrativas construídas pela arte. A ideia é especular sobre o futuro e o passado, aplicando na produção musical a junção de elementos tecnológicos e futuristas perpassados de ancestralidade e cultura negra.

O segundo encontro tem como tema “Artes e Estéticas” e reúne os convidados Diane Lima, escritora e curadora independente, e o roteirista de audiovisual Marcelo Lima, com mediação do diretor de arte Edgar Igor. A partir dos olhares e vivências dos participantes, a discussão será sobre a importância de contar novas histórias que não invisibilizem o negro nas artes e no seu dialogo na luta pela representação em qualquer forma de futuro.

Japa System. Foto: Luca Castro.