Ilê Axé Opô Afonjá. Foto: Adam Vidal/Secom PMS

Um dos terreiros mais tradicionais de Salvador, o Ilê Axé Opô Afonjá, receberá novas intervenções, inclusive artísticas, a serem realizadas pela Prefeitura. A vice-prefeita e secretária municipal de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos, anunciou a novidade em meio as celebrações do centenário de nascimento de Mãe Stella de Oxóssi, na última sexta-feira (02). As intervenções visam potencializar o espaço religioso, localizado em São Gonçalo do Retiro, que atualmente enfrenta problemas estruturais e está fechado para visitação ao público, inserindo-o na rota do afroturismo de Salvador. Na ocasião, também foram avançados nos trâmites visando a restauração do museu Ilé Ohun Lailai e a creche, que será implantada no espaço.

O museu, que surgiu em 1982, passará por obras de requalificação e terá todo o acervo restaurado pela Prefeitura. O local resguarda exemplares de plantas sagradas catalogadas, além de pertences como cadeiras e vestimentas da fundadora e das quatro sacerdotisas que comandaram o templo posteriormente: Mãe Bada, Mãe Senhora, Mãe Ondina e Mãe Stella de Oxóssi. “Tenho a certeza, dentro do meu coração, que isso que estamos plantando aqui vai se tornar realidade. Vejo que a requalificação será um marco para a história da cidade para dar continuidade à ancestralidade das iyás que passaram por aqui”, afirmou Mãe Ana de Xangô, matriarca do templo.

A criação do projeto expográfico e curadoria de conteúdos do lugar foram desenvolvidos com o acompanhamento de Mãe Ana de Xangô. O conceito adotado é tornar o ambiente interno do museu com aspecto similar à gameleira, árvore fortemente presente nos templos religiosos afro-brasileiros, criando um mergulho poético no universo simbólico e histórico do Opô Afonjá.

Mãe Stella de Oxóssi. Foto: Antonello Veneri

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