Os impactos causados pelos eventos climáticos nos portos brasileiros foram objeto de análise de um estudo realizado pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários. De acordo com a pesquisa, entre os principais riscos à infraestrutura estão: chuvas, vendavais e o aumento do nível do mar, problemas que já configuram barreiras na operação em várias localidades.
As medidas de mitigação, no entanto, ainda são escassas, segundo o levantamento da agência. Conforme foi apresentado no estudo, ao menos cinco portos no país terão risco “muito alto” de ameaças causadas pelo aumento do nível do mar em 2030: Aratu (BA), Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Santos (SP) e São Francisco do Sul (SC).
Em relação a vendavais, o porto de Salvador, bem como o de Recife (PE), Santos e Imbituba (SC) podem atingir os maiores graus de risco em 2030, levando em consideração um cenário mais pessimista.
Para Eduardo Nery, diretor-geral da Antaq, a situação no momento não é “catastrófica”, mas demanda planejamento. “Nossos portos não estavam se preparando para mitigar os impactos climáticos; o objetivo do estudo foi chamar a atenção para esse fato. A ideia é encorajar que todos façam seu dever de casa”, disse. A agência lançou um guia para que os terminais façam levantamentos sobre os riscos causados pelos eventos climáticos.
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