Nos últimos dez anos, o volume de recursos provenientes das autuações de infração de trânsito triplicou em Salvador e a previsão é que o rendimento em 2022 seja de R$100 milhões aos cofres públicos municipais, o dobro do ano passado.
Em 2013, a Prefeitura arrecadou R$32,8 milhões com as infrações (e supostas infrações) de motoristas pela cidade. Este ano, até a última quinta-feira (20) a conta já estava em R$73,4 milhões, segundo o Portal da Transparência da gestão municipal. Neste período, nenhuma fonte de arrecadação direta da administração municipal registrou crescimento proporcional tão grande.
“O que vemos, hoje, é um alto investimento da Prefeitura em fiscalização, no efetivo da Transalvador e em radares, e não vemos a mesma energia sendo empregada nas questões que realmente importam para a cidade, como educação para o trânsito, vias melhores, sinalização eficiente e promoção de ‘modais ativos’ de deslocamento. Salvador precisa de uma maior entrega e devolução, por parte da Prefeitura, das arrecadações das multas de trânsito para a infraestrutura viária”, analisa Danilo Oliveira Costa, presidente da Comissão Especial de Trânsito da OAB-BA.
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