
Coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), um manifesto do Fórum Nacional da Indústria (FNI) pede que o governo crie um imposto para as bets visando equiparar a tributação com outros segmentos da economia. Conforme o documento, os gastos das famílias com apostas reduzem a renda que iria para lazer, alimentação, investimentos e outras áreas do setor produtivo. Com a cobrança da chamada CIDE-Bets, 15% do valor apostado, a ideia é que a contribuição financie iniciativas em saúde e educação.
“O Brasil precisa de instrumentos mais efetivos para conter os impactos causados pelo crescimento excessivo das apostas. Assim como é urgente corrigir o tratamento desigual em relação ao setor produtivo – o verdadeiro responsável por criar empregos, impulsionar a renda, fomentar a inovação e sustentar a competitividade da economia”, diz o manifesto.
O documento ainda estima que, caso entre em vigor em 2026, a CIDE-Bets teria o potencial de reduzir em 22,5% os gastos efetivos com apostas virtuais e proporcionar uma arrecadação de R$ 8,5 bilhões aos cofres públicos.
Apesar da regulamentação do setor de apostas ter sido oficializada em janeiro deste ano, um levantamento do Instituto Locomotiva aponta que seis em cada dez apostadores usam plataformas irregulares. A pesquisa ainda destacou que pessoas com renda mais baixa e menor escolaridade são mais suscetíveis a prejuízos, por desconhecer seus direitos nessas plataformas.

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