Infertilidade. Foto: Nadezhda Moryak.

A infertilidade já é um problema de saúde global que afeta entre 48 milhões de casais e 186 milhões de pessoas ao redor do mundo, pelos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Significa dizer que até 15% da população total do planeta apresenta o problema. No Brasil, conforme a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), cerca de 8 milhões de indivíduos podem ser inférteis. O número chega a ser superior ao de outras doenças consideradas “graves” e a questão precisa ser debatida, pois ainda existe muito tabu sobre o tema.

Por isso, junho foi escolhido como Mês Mundial da Fertilidade, para gerar informação e conscientização. “Para falar em fertilidade e entender porque ela vem caindo tanto ao longo dos anos, é fundamental termos clareza sobre uma doença, um problema que já é considerado de saúde pública, que é a infertilidade. O que mais impressiona, é que embora as taxas estejam subindo exponencialmente, algumas pessoas demoram pra investigar, muitas vezes por tabu”, comenta a diretora médica do IVI Salvador, Drª. Genevieve Coelho.

Ser fértil ou não é uma condição que pode ocorrer por diversos motivos – ou que pode nascer com a pessoa. Se um casal está tentando engravidar sem o uso de métodos contraceptivos e, após 12 meses, não consegue, é hora de ligar o sinal de alerta. Esse tempo pode ser ainda menor, a depender da idade da mulher. Se ela tem mais de 35 anos, após 6 meses de tentativas sem sucesso já é necessário buscar ajuda médica.

Embora muita gente só aponte o fator “idade” para a infertilidade feminina, as pesquisas mais recentes já mostram que ela também tem atingido os homens, especialmente a partir dos 45-50 anos. A quantidade e a qualidade de espermatozoides têm reduzido e, com isso, a infertilidade pode ser consequência direta.

Dra Genevieve Coelho. Foto: André Carvalho.

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