
O Instituto Washington Pimentel promoveu, na última quarta-feira (12), o painel “MP – Ba Terra Protegida” no auditório do seu estande na Bahia Farm Show. Com a casa cheia, o auditório reuniu autoridades e lideranças do setor ambiental e do agronegócio para debater o projeto Terra Protegida, do Ministério Público da Bahia, um tema altamente relevante para a segurança jurídica do setor.
O evento contou com a participação de Maria Amélia (Diretora-Geral do Inema – BA), Alessandra Zanotto (Presidente da Abapa), Luiz Antonio Pradella (Vice-Presidente da Cooperfarms e da FEBRAPDP), Moisés Schmidt (Presidente da Aiba) e Augusto Matos (Promotor de Justiça e Coordenador Ambiental do CEAMA) e Bruno Martinez (Superintendente do IBAMA na Bahia).
Após a abertura do painel, realizada por Washington Pimentel, Augusto Matos apresentou o projeto Terra Protegida, destacando seus objetivos, benefícios e oportunidades: “O projeto consegue trazer segurança jurídica, legalidade, acesso a créditos nacionais e internacionais, selo de responsabilidade ambiental a partir desse aparato de provas levantadas pelo próprio MP e a partir de toda essa tecnologia envolvida para isso”. Ele também ressaltou a importância de resgatar a lógica do melhor trabalho possível e de estabelecer uma relação próxima com quem está na ponta.
Moisés Schmidt reforçou a abertura do Ministério Público ao diálogo com o setor produtivo: “Essa apresentação é uma prova do quanto o Ministério Público está preparado para enxergar e dialogar com o produtor. Conseguimos produzir alimentos, sendo a maior referência em responsabilidade ambiental em todo o mundo, então esse diálogo com o Ministério Público é extremamente necessário”.
Alessandra Zanotto focou na importância do respeito ao meio ambiente, mas também às pessoas, afirmando que, “além de ativo, o meio ambiente é uma preocupação, é um investimento assim como um fertilizante. E queria reforçar que não é possível produzir algodão sem responsabilidade socioambiental, pois o mundo e as pessoas nos cobram isso”. Por fim, ressaltou que essa escuta ativa ao produtor é um momento inédito.
Luiz Antonio Pradella celebrou o avanço no relacionamento entre as instituições, indicando Washington Pimentel em sua fala: “Fico feliz por, em 2017, ter te recebido e agradeço pela oportunidade de estarmos aqui hoje em uma mesa para poder falar com sinceridade sobre as dores de ambos os lados e construir entendimentos de forma conjunta”. Maria Amélia destacou o alinhamento de objetivos entre os órgãos: “Eu vejo que todos estão com o mesmo objetivo e quero ressaltar que nós também somos sensíveis. Nós não executamos na velocidade em que gostaríamos, mas estamos fazendo. A gente precisa criar bases sólidas para fazer tudo com a maior responsabilidade ambiental possível. Tenho aprendido muito com vocês e é importante para os instrumentos regulatórios entender todas essas relações”.
Bruno Martinez sintetizou o painel e enfatizou o papel do serviço público: “Esse é o nosso desafio, como servidor público, fazer essas necessidades acontecerem no tempo certo. Estamos aqui para estabelecer conversas e ligar os pontos. Além disso, quero reforçar que a tecnologia nos ajuda a resolver essa questão da padronização dos processos e digo que, para mim, quanto mais transparência, mais informação, melhor para realizarmos uma fiscalização com eficiência”.
Durante o painel, foi apresentado o programa utilizado pelo Projeto Terra Protegida, detalhando suas ferramentas tecnológicas e a disponibilidade de dados para todos os interessados. A importância desse painel reforça o compromisso do Instituto Washington Pimentel em promover debates estratégicos e fortalecer a integração entre o setor produtivo, órgãos ambientais e o Ministério Público para o desenvolvimento sustentável do agronegócio baiano.

Receba também as atualizações do Anota Bahia no: Threads, Google Notícias, Twitter, Facebook, Instagram, LinkedIn e Spotify