
O Brasil atingiu o estoque de US$ 1,141 trilhão em investimento estrangeiro direto no país, em 2024, segundo dados do Censo de Capitais Estrangeiros, divulgado pelo Banco Central. O valor representa 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e é o maior registrado na série histórica iniciada em 1995 — na época o percentual era de 6,1%. O BC divide a quantia em duas partes: US$ 884,8 bilhões são participação no capital social de empresas, ou seja, sócios; enquanto US$ 256,4 bilhões são operações intercompanhia, isto é, empréstimos entre empresas.
Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o estoque de investimento direto no país, em valores absolutos, era maior ao fim de 2023 (US$ 1,3 trilhão), por conta do cambio. Entre 2023 e 2024, o dólar passou de R$ 4,84 para R$ 6,19 e acabou depreciando o valor do investimento direto.
Apesar do tarifaço de 50% sob exportações brasileiras, os Estados Unidos lideram a lista dos países que mais participam do capital social de empresas no Brasil, com US$ 244,7 bilhões — 28% do total. O TOP 5 segue com os Países Baixos (US$ 145,5 bi), Luxemburgo (US$ 79,2 bi), França (US$ 63,3 bi) e Espanha (US$ 61,0 bi).
Confira a lista completa:
- Estados Unidos: US$ 244,7 bi
- Países Baixos: US$ 145,5 bi
- Luxemburgo: US$ 79,2 bi
- França: US$ 63,3 bi
- Espanha: US$ 61,0 bi
- Reino Unido: US$ 31,0 bi
- Japão: US$ 27,8 bi
- Alemanha: US$ 21,9 bi
- Canadá: US$ 21,1 bi
- Ilhas Cayman: US$ 20,7 bi
Países como Luxemburgo e Ilhas Cayman, aparecem na lista por serem paraísos fiscais, onde algumas empresas estrangeiras, originadas de um outro país, aportam sede nestes terceiros, em decorrência de menos impostos.

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