O senador Jaques Wagner (PT), posto como “pré-candidato a governador da Bahia nas eleições de 2022”, afirmou em entrevista concedia ao Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira (24), que não pode proibir que deputados aliados ao Partido dos Trabalhadores apoiem o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara Federal.
Na entrevista, o senador defendeu que a decisão de apoiar o governo em eventuais votações na Casa é de cada deputado: ““As pessoas analisam a eleição pela lógica dos majoritários e, na verdade, muitas decisões são tomadas em função dos interesses proporcionais. Quem dá o fundo partidário é o deputado, por isso ele diz em qual chapa vai querer estar”, declarou.
Quando questionado sobre as atuais alianças do PT, Wagner ponderou que alguns aliados são da base de sustentação do governo federal, mas que ele não poderia proibir os partidos de demostrarem apoio ao atual presidente da república: “Alguns dos nossos aliados na Bahia são da base de sustentação do governo federal. Com isso, ganham mais musculaturas com emendas. Essa é a reclamação do PT. Mas eu não posso fazer nada. Não posso proibir os partidos que estão comigo na Bahia de estarem com o governo federal em Brasília”, explicou o senador.
Além disso, o senador disse ainda que a aliança do PT com o PSD (Partido Social Democrata) e PP (Partido Progressista) na Bahia já está renovada para as eleições de 2022, e descartou a união com o PDT (Partido Democrático Trabalhista), de Ciro Gomes: “Já fiz reunião com PP, com o PSD, não vejo ninguém desgarrado, a não ser o PDT, porque o Ciro Gomes tensionou”, concluiu o petista.