“Joias de Crioula”. Foto: Aníbal Gondim e Sérgio Benutti

Realizada até o próximo sábado (17), a Festa da Boa Morte é considerada Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010 e celebra a cultura e resistência das mulheres negras brasileiras. Dentre os destaques da manifestação, as “Joias de Crioula” são utilizadas por participantes da Irmandade que promove o evento.

“Em uma sociedade marcada pelo racismo e pela escravidão, as joias eram um meio de afirmação de uma posição tanto no âmbito social quanto religioso. Além disso, as joias eram frequentemente adquiridas com o fruto do trabalho das mulheres negras, simbolizando a conquista de sua liberdade e independência financeira”, explica Simone Trindade, diretora adjunta cultural do Museu Carlos e Margarida Costa Pinto.

A instituição, localizada no Corredor da Vitória, na capital baiana, possui o maior acervo das peças armazenadas em um museu. As joias são confeccionadas em ouro, principalmente, e foram produzidas através de técnicas sofisticadas, como filigrana e granulação. A utilização dos adereços pela Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte de Cachoeira traz um símbolo de identidade, resistência cultural e conexão histórica com as tradições afro-brasileiras.

Acervo do Museu Carlos e Margarida Costa Pinto. Foto: Divulgação

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