Invasão do Palácio do Planalto. Foto: Reprodução.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta segunda-feira (9) um inquérito civil para apurar a conduta do grupo Jovem Pan de disseminar fake news e incentivar atos antidemocráticos contra as instituições brasileiras.

“A Rede Jovem Pan, em vários de seus programas, passou a, partindo da disseminada desconfiança quanto à idoneidade das instituições judiciárias do país e à higidez dos processos democráticos, veicular numerosas falas com potencial para incentivar e mesmo instigar atos antidemocráticos contra elas”, diz o documento. Segundo o texto, o grupo de comunicação tem veiculado conteúdos desinformativos, sem evidências.

O MPF ressaltou que o Código Brasileiro de Telecomunicações prevê o abuso no exercício de liberdade da radiodifusão para prática de crime ou contravenção, incluindo “incitar a desobediência às leis; fazer propaganda de guerra ou de processos de subversão da ordem política e social; insuflar a rebeldia ou a indisciplina nas forças armadas ou nas organizações de segurança pública; veicular notícias falsas e social, com perigo para a ordem pública”.

A portaria afirma que a Jovem Pan minimizou o o teor de ruptura institucional dos atos antidemocráticos deste domingo (8) e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. O documento destaca também a fala do comentarista Pedro Figueiredo que, em dezembro, julgou a eleição presidencial “sem transparência, sem legitimidade, sem confiança da população” e incentivou “que tenha guerra civil“. 

Em suas redes sociais, a Jovem Pan informou que Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, deixou a presidência do grupo, mas permanecerá no Conselho de Administração da empresa.

Jovem Pan. Foto: Reprodução

Receba também as atualizações do Anota Bahia no: Google Notícias, Twitter, Facebook, Instagram, LinkedIn e Spotify.