O embaraço entre o saudoso artista baiano João Gilberto, falecido em 2019, e a gravadora EMI, que pertence à Universal Music, que já dura pouco mais de 20 anos, ganhou um novo capítulo. A 9ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, a pedido da família do músico, uma nova perícia sobre o valor que a gravadora deveria pagar referente à obra de João Gilberto. Em 2015, a primeira instância da Justiça do Rio condenou a gravadora a pagar R$170 milhões sobre direitos autorias. A EMI recorreu a decisão, e com base em uma outra perícia, o valor cai para R$13 milhões.
A família do músico entrou com recurso para a suspeição do perito, o que significa que o relatório apresentado seria inválido; o TJ ainda não votou o pedido para torná-lo suspeito, mas entendeu ser necessária uma nova perícia. O dirigente da Associação dos Peritos Judiciais do Estado do Rio de Janeiro, Jarbas Barsanti, ficou encarregado desta nova avaliação.
O nome de João Gilberto também corre em outro processo na Justiça, desta vez a ex-companheira do artista, Marica do Céu Harris, pede o reconhecimento da união estável com João Gilberto. Enquanto não é julgada a ação, o juiz André Cortes Vieira, da Vara de Família do TJ-RJ, acatou o pedido de Maria Harris e congelou 50% dos bens deixados pelo artista.