O grupo Latam anunciou, nesta última segunda-feira (22), a compra de 24 aeronaves E195-E2 da Embraer, em contrato avaliado em US$ 2,1 bilhões, que inclui ainda a opção de aquisição de outras 50 unidades. As primeiras entregas estão previstas para o segundo semestre de 2026. Os novos jatos, com autonomia para voos em escala continental, vão reforçar as operações regionais da companhia, permitindo conexões diretas entre grandes centros, como São Paulo e Lima.
Segundo o CEO da Latam, Roberto Alvo, a decisão reflete a eficiência e a versatilidade do modelo, fundamentais para o plano de expansão da empresa. “A decisão do grupo Latam é baseada na excelente eficiência do Embraer E195-E2 e sua versatilidade, que nos permitirão seguir em nossa trajetória de crescimento com rentabilidade, ampliando essa conectividade por meio da abertura de novos destinos”, afirmou, em nota. A frota da Latam já conta com aeronaves da Boeing e da Airbus, enquanto a Embraer, líder mundial na fabricação de jatos de até 150 assentos, já fornece aviões para a Azul.
O anúncio foi comemorado pelo governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o negócio consolida a Embraer “como uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo e fortalece nossa indústria e nosso setor aéreo. Mais emprego, renda e desenvolvimento para o Brasil”. Já o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que a compra deve gerar mais de 2 mil empregos diretos e ampliar a conectividade aérea no Brasil e na América do Sul, fortalecendo a aviação regional e impulsionando o turismo de negócios e lazer.
A negociação ocorre em um momento favorável para a Embraer, que em julho conseguiu a exclusão de seus produtos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras. O setor de aviação foi incluído na lista de exceções definida pelo governo Trump, que abrange aeronaves, motores e componentes.
O impacto também foi sentido no mercado financeiro: as ações da Embraer fecharam em alta de 4,63% na B3 e 4,02% em Nova York, enquanto os papéis da Latam registraram valorização de 0,95% na bolsa norte-americana.
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