Laura Ziller. Foto: Renata Marques

Na noite da última sexta-feira (30), o Museu de Arte da Bahia (MAB), recebeu o lançamento da biografia de D. Luigi Maria Verzé, fundador do Monte Tabor – Centro Ítalo-Brasileiro de Promoção Sanitária: um legado de fé, ciência e humanismo. A ocasião marcou um tributo à vida e obra do fundador da instituição.

Em entrevista ao Anota Bahia, Laura Ziller, presidente do Monte Tabor, falou sobre o conceito de medicina defendido por D. Luigi: “Dom Luigi intitulou a medicina-sacerdócio. Porque o sacerdote deveria ser uma pessoa totalmente dedicada e inserida num conceito de saúde sagrada. Portanto, com dedicação total ao paciente, ao homem, ao necessitado, que pode ser não apenas o doente, mas também o necessitado psicológica ou socialmente”.

A presidente da instituição também falou da importância de investimento na saúde básica: “Veja bem, eu sempre digo que é necessário investir, antes de tudo, na saúde básica, porque a saúde básica já poderia resolver uma grande porcentagem das necessidades. Ter uma estrutura que seja piramidal, então, uma estrutura básica, uma medicina básica, uma medicina já em outro nível, especializada, chegando finalmente ao hospital, porque é só assim que podemos utilizar melhor todos os recursos que temos”.

Ziller também abordou o lado social da instituição, que é muito presente e atuante desde a criação o grupo, com D. Luigi. “É o que nós estamos fazendo hoje como Monte Tabor, que não estamos mais gerindo o Hospital São Rafael, que hoje está com a Rede Dor. Na realidade, nós estamos nos dedicando, como desde o início foi a nossa base inicial, nos dedicando à área social. Então, em Pau da Lima, ou em Nova Esperança, ou em Barra de São Francisco, nós temos atividades sociais, que estão sempre cuidando, também fazendo medicina, mas educando também e transformando aquelas comunidades. A Missão Barra é o exemplo mais clássico disso”, declarou.

Laura ressalta, por fim, que o trabalho do Monte Tabor não se resume a medicina. O braço educacional da entidade abraça tanto os médicos, em processo de capacitação, quanto as crianças. “Quando dizemos educar, é educar desde as crianças como em Nova Esperança, que é um bairro extremamente periférico e com uma série de problemas típicos da área de periferia, a Ludovica, em Pau da Lima, onde nós temos pelo menos 12 cursos livres para pessoas que têm necessidade de ter um melhor preparo, uma melhor capacitação para poder ter trabalho ou também confirmar trabalho”, explicou.

“Iniciamos todo esse trabalho, por exemplo, no meio da pandemia, para todas aquelas pessoas que estavam perdendo o trabalho e tinham dificuldades de reinserção no mercado, então este é o educar. Porque a necessidade, se vai em encontro a necessidade. Então Luigi dizia, vamos procurar as pessoas onde estão e nas necessidades que elas tem”, concluiu Laura Ziller.

Laura Ziller. Foto: Renata Marques

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