MESTRE COBRA MANSA. FOTO: REPRODUÇÃO

Uma iniciativa que evoca a ancestralidade da Capoeira Angola, dialogando com sua prática contemporânea. A tradição desta expressão artística e cultural é o tema do livro Capoeira Angola – Ginga e Ancestralidade. A obra, com textos assinados por Cinézio Peçanha, mais conhecido como Mestre Cobra Mansa, e pelos pesquisadores Eduardo Oliveira e Matthias Assunção, será lançada na próxima quinta-feira (12), das 18h às 22h, no Espaço Cultural Pierre Verger, em evento aberto ao público. A publicação, que já teve reconhecimento internacional durante o seu pré-lançamento em Maputo (Moçambique), terá distribuição gratuita em escolas públicas, bibliotecas e universidades.

Idealizado em homenagem aos 20 anos da Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA), um dos principais grupos de referência da modalidade no Brasil e no mundo, o livro faz um resgate histórico da capoeira e do surgimento do estilo Angola, evidenciando o que é consenso e convidando à reflexão sobre as divergências de interpretação quanto a sua origem. “O livro é uma homenagem a toda a ancestralidade contida na Capoeira Angola, um tributo aos que vieram antes e àqueles que continuam a preservar a memória dessa manifestação nas suas mais diversas formas”, declarou o mestre Cobra Mansa, um dos fundadores da FICA. Produzido pela produtora Barro de Chão, o projeto traz, em 244 páginas, um panorama sobre a Capoeira Angola numa linguagem multimídia, com fotos históricas de Pierre Verger e autorais de fotógrafos como Aramaca, além de gravuras de Carybé, que ilustram e revelam o encanto da arte no mais autêntico estilo angolano.