O poeta e músico baiano, Luiz Galvão, abriu um processo judicial, três meses antes de falecer — em outubro do ano passado, contra a cantora Baby do Brasil, com quem dividiu os palcos na formação do grupo Novos Baianos. Conforme a apuração do jornal O Globo, os herdeiros de Galvão estão tocando a ação aberta pelo músico, que pede prestação de contas à cantora e à sua empresa — Baby do Brasil Produções Artísticas Ltda — pelo contrato de uma série de shows da banda desde que eles se reuniram, em 2016.
De acordo com a família de Galvão, sua defesa, comandada pela advogada Deborah Sztajnberg, ainda pede que Baby pague uma indenização no valor de R$ 1 milhão por danos morais. Segundo um trecho do processo divulgado pelo jornal, a cantora “tomou para si todas as decisões de como deveria ser a dinâmica de organização do grupo Novos Baianos”.
A ação judicial também sustenta que a artista e a sua empresa foram responsáveis por dividir os percentuais oriundos do contrato para cada integrante da banda. No entanto, sendo conferidos por Galvão, os valores não coincidiam com o valor repassado pela empresa que contratou os Novos Baianos.
Como consta na reportagem, o processo cita um caso específico de um contrato da banda de MPB com a empresa T4F (Time For Fun) para a realização de 10 shows. Segundo a ação judicial, o músico baiano nunca tomou conhecimento do contrato, “tendo apenas recebido a quantia de R$ 140 mil” pelas apresentações.
Baby do Brasil já foi notificada extrajudicialmente, conforme disse a defesa de Galvão para o jornal, entretanto, a cantora ainda não foi citada no processo visto que não foi encontrada pelo oficial de Justiça nas vezes em que foi procurada.
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