Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Marcelo Camargo.
Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Marcelo Camargo.

Após o desabamento de parte do teto da Igreja de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou que o desmoronamento reflete uma ausência de planejamento orçamentário para os patrimônios tombados. Os comentários foram feitos nesta quinta-feira (06), em entrevistas às rádios Metrópole e Sociedade. “Precisamos rever isso e ter responsabilidade ao fazer um tombamento, visando sua manutenção. Caso contrário, vai ter muita coisa tombada no Brasil caindo”, disse Lula.

O presidente lamentou o desabamento e afirmou ter acompanhado o ocorrido na capital baiana. Segundo ele, autoridades federais, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já foram instruídas a irem à Bahia. “Lamento pela queda da igreja. Toda minha solidariedade às pessoas vítimas desse incidente”, comentou.

Ao mencionar a necessidade das propostas de tombamento estarem acompanhadas de um orçamento para manutenção, Lula citou as dificuldades enfrentadas na execução das obras de recuperação na Praça dos Três Poderes, em Brasília, após sua depredação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. “É tudo interminável. É tudo complicado. Quando a gente tomba, a gente está fazendo um gesto para humanidade, porque preservar a história e a cultura é maravilhoso. Mas depois a gente constata que não tem dinheiro, e que não foi colocado o dinheiro no orçamento, seja do governo federal, seja do estadual ou da prefeitura”, relatou.

“Vejo um monte de prédio tombado na Bahia, em Pernambuco. Mas o cidadão que fez o tombamento e aprovou a lei, seja na Câmara de Vereadores ou de deputados, ele não coloca um orçamento para que isso seja conservado. Tomba e a coisa vai apodrecendo, envelhecendo, caindo”, acrescentou o presidente.

Igreja de São Francisco
Igreja de São Francisco. Foto: Codesal

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