
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei para tornar o dia 2 de Julho como o Dia da Nacional Consolidação da Independência do Brasil. No entanto, apesar da data ser feriado na Bahia, não passará a ser feriado em todo o Brasil. “Não entra em feriado nacional porque eu acho que o Brasil já tem muito feriado. Eu não queria criar mais um feriado porque nós temos dia para tudo neste país”, disse o petista em entrevista à TV Bahia.
O intuito de Lula, na verdade, é que a ação contribua para valorização da história da Bahia, do Brasil e da luta do povo baiano. “O Dois de Julho, para mim, é um dia muito, mais muito importante, porque foi um dia definitivo, onde os baianos disseram: ‘O Dom Pedro já decretou a Independência, vocês ‘pira’ daqui, que nós queremos ser donos do Brasil’. Essa é uma coisa fantástica, que o povo tem que saber. É um reconhecimento histórico”, afirmou.
A data marca a expulsão definitiva das tropas portuguesas do Brasil, em 1823, um ano após a Proclamação da Independência pelo imperador Pedro I, no dia 7 de setembro de 1822. Os festejos, carregados de simbolismo histórico e político, reforçam o protagonismo do povo baiano na luta pela liberdade. “Isso não é conhecido da História porque não está nos livros didáticos brasileiros. A aprovação desse projeto e a promulgação vão mostrar que além de D. Pedro, o povo baiano teve muito a ver com a nossa Independência”, escreveu Lula nas redes sociais.
Presente no desfile desta quarta-feira, o senador Jaques Wagner celebrou a medida: “o gesto dele tá feito. Finalmente, o 2 de Julho vai pra esfera das datas nacionais. Isso vai estar nos livros de história e a nossa juventude vai poder aprender. Não é possível que a gente comemore a Independência no 7 de Setembro e não reconheça que a consolidação se deu na Bahia, em 1823”.

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