Maria Adair. Foto: Reprodução e Ag. A Tarde.

Sua primeira tela data de 1953 Sua primeira exposição individual, foi em 1976. Nascida em Itiruçu, no interior da Bahia, Maria Adair levou cor e arte para o mundo desde sempre. Pintora, gravadora, desenhista, muralista, artista intermídia e professora, se formou desenho e artes plásticas pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia em 1976. Em 1980 foi estudar na Universidade de Pittsburgh e na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, onde participou de diversas exposições. Também fez várias temporadas de estudo e residência artística fora do país, especialmente na França, Itália e Estados Unidos.

Em 2018, quando estava preparando uma exposição em comemoração aos seus 80 anos, Adair passou mal diversas vezes, indo parar no hospital repetidamente, mas sem ter um diagnóstico do que lhe acontecia: “Até que um médico me alertou de que poderia ser uma reação as tintas que usava. Com isso, fiz uma pausa e descobrimos que ele tinha razão. Daí em diante, pensei em como poderia me reinventar, afinal, não poderia parar de produzir”, nos disse. “Comecei a usar canetas nanquim e esferográfica, pois originalmente não trazem os materiais utilizados nas tintas”, completa.

“Quis evitar o fundo branco nas telas, então tenho usado papel craft com gramatura bem grossa, em tom bege amarronzado, além de folhas de ouro, prata e bronze. O contraste é bem interessante. Com essa técnica o processo é mais demorado, mas tenho preparado uma série que será chamada de “Black is beautiful!”, que também será inspirada nas saudações aos Orixás, que conheci em uma das obras de Pierre Verger. Devo finalizar a série até o começo de 2021 e pretendo expor, só não sei onde ainda, e muito provavelmente seja em outra cidade. Uma coisa de cada vez, minha arte não tem a intenção de vender, mas sim de expressar uma ideia, o que ocorre comercialmente é consequência”, finalizou.