Maria Dominguez é jornalista e mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. Como pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), desenvolveu projetos e estudos sobre transparência, governo aberto e dados abertos governamentais, além de ser pesquisadora do Centro de Conhecimento Anticorrupção. Ela é também a única baiana que integra a equipe da Transparência Internacional Brasil, organização presente em mais de 100 países, que lidera a luta contra a corrupção no mundo, que tem uma base central localizada em Berlim.

“Sou a única baiana, mas é uma equipe muito diversa e multicultural. Além da diversidade regional, valorizamos também a diversidade de gênero, de raças e de orientação sexual. Nossa rotina de travalho é puxada, mas muito gratificante. Temos projetos próprios, como o Ranking da Transparência e também atendemos demandas externas, como de parlamentares que nos buscam demandando uma consultoria técnica, para projetos de lei, por exemplo”, nos disse.

No Ranking da Transparência no Cambat à Covid-19, feito pela TI Brasil, o estado da Bahia foi pontuado muito negativamente com nota 45,5, perdendo apenas para Roraima, entre todos os 27 estados brasileiros. Sobre isso, Maria discorre: “Avaliamos de que modo os estados dão transparência às informações das contratações, isso é, visibilidade e publicidade, sobre contratações emergenciais que são destinadas ao Coronavírus. O resultado da Bahia não foi nada satisfatório, ocupando um conceito regular. Porque isso? Elencamos informações que não são divulgadas pelo governo, como o órgão contratante, a quantidade de bens adquiridos, o local da entrega, a modalidade da contratação e o formato da publicação dos dados”.