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Jorge Valente. Foto: Divulgação.

Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso de um medicamento injetável para reduzir o sobrepeso e a obesidade, muitos médicos e especialistas se pronunciaram no debate sobre a liberação. O Wegovy (semaglutida 2,4mg) é semelhante ao hormônio humano GLP-1, que cria a sensação de saciedade. O princípio ativo já era utilizado no país para o tratamento de diabetes tipo 2, com o nome de Ozempic.

“Estudos mostram que nem 10% dos obesos conseguem emagrecer apenas com mudança de hábitos. Os remédios são necessários, uma medicação dessa pode evitar uma bariátrica, por exemplo. O que sou contra é a banalização do uso dos análogos do GLP-1 isso sim é algo totalmente equivocado, mas para tratar quem tem doença é importante sim. Nem todo mundo é igual, nem todo mundo consegue apenas com estilo de vida emagrecer”, afirmou o renomado Dr. Jorge Valente.

Dr. Pedro Henrique Andrade, especializado em emagrecimento e implantes hormonais, afirmou ressaltou as mazelas da doença obesidade. “[A obesidade] traz consigo inúmeros outros problemas de saúde, além da limitação diária. Eu não chamaria isso de “artificialização”, mas sim de avanço. É como dizer para pessoas com pressão alta que suas medicações são formas artificiais de tratar uma causa que elas deveriam resolver de outras formas”, escreveu.

A endocrinologista, graduada pela Universidade de São Paulo (USP), Natália Xavier acredita que as medicações anti-obesidade não são uma busca por caminho fácil. “Obesidade é uma doença crônica multifatorial e recidivante, muito difícil de tratar. Algumas pessoas precisam sim de usar remédio em associação a dieta e exercício físico. As pessoas que sofrem com essa doença merecem todos os recursos eficazes e seguros disponíveis para ajudar restabelecer sua saúde” afirmou a médica.

Pedro Henrique Andrade. Foto: Reprodução.

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