Segundo levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado de franquias brasileiro superou expectativas e registrou um crescimento nominal de 13,5% em 2024, chegando a R$ 273,083 bilhões. Somente no quarto trimestre, o setor cresceu 11,3%, o que totalizou em R$ 81,086 bilhões. O bom desempenho está associado à recuperação do consumo, alavancado pela baixa dos níveis de desemprego, aumento da massa salarial e do poder de compra das famílias, além da elevação do PIB.
“Um mercado de trabalho forte e mais dinheiro circulando na economia, mesmo com seus impactos inflacionários, impulsionaram o faturamento do franchising brasileiro que, assim como outros setores, superou as expectativas iniciais. Tal resultado, porém, não seria possível sem o forte trabalho das redes franqueadoras de ajustarem suas operações e ofertas aos consumidores. Gostaria de destacar especialmente a busca de eficiência operacional, o avanço da digitalização e o desenvolvimento de mercados fora dos grandes centros”, afirma Tom Moreira Leite, presidente da ABF.
Segundo a entidade, todos os seus 12 segmentos registraram crescimento em 2024. O destaque foi para as franquias relacionadas a Entretenimento e Lazer, com 16,6% de alta, em virtude da melhora contínua do mercado de trabalho, da baixa taxa de desemprego e do aumento da massa salarial, que eleva o tíquete médio. Dentro do segmento, as franquias de brinquedos interativos, trampolins, máquinas de ursos de pelúcia, tiveram ainda mais destaque.
O setor de Saúde, Beleza e Bem-Estar ficou com o segundo lugar, registrando avanço de 16,5%. O segmento se beneficia do envelhecimento da população, com uma demanda maior por casas de repouso e necessidade de cuidados especializados. Além disso, há maior demanda das pessoas por produtos de beleza e pelo autocuidado, e das mais jovens por beleza e bem-estar. Os segmentos de Alimentação – Food Service e Alimentação – Comércio e Distribuição vêm a seguir, com crescimento de 16,1% e 14,7%, respectivamente.
O setor chega em 2025 com o cenário em transformação e com alguns desafios. A pressão inflacionária se mantém, assim como a elevação da taxa Selic a patamares que tendem a dificultar o crédito e o consumo. O franchising estuda também como a recente volatilidade da cotação do dólar e os acontecimentos no panorama global irão impactar o setor nos próximos meses.
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