Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Foto: Reprodução.

O Ministério Público Federal (MPF) declarou à Justiça Federal que a gestão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello no que concerne o combate à pandemia do coronavírus foi “imoral e antiética”. A afirmação foi apresentada na ação de improbidade administrativa protocolada na semana passada pelo órgão contra Pazuello. O documento é assinado por oito procuradores e, de acordo com a TV Globo, que teve acesso à integra da peça, relata erros “dolosos”, ou seja, cometido intencionalmente e “graves” do ex-ministro.

A improbidade administrativa é definida como uma ‘conduta inadequada, praticada por agentes públicos ou outros envolvidos, que cause danos à administração pública’. Em outras palavras, trata-se de ações indevidas tomadas, ou negligenciadas, por pessoas que ocupam cargos públicos e que ocasionam prejuízos ao bom funcionamento da administração.

Dentre as ações citadas no documento do MPF há, por exemplo, as tratativas com a farmacêutica Pfizer. “Resta claro, das informações prestadas pela Pfizer sobre os atos de negociação da vacina, que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi omisso e negligente na consideração das propostas apresentadas pela empresa, postura que retardou o início da vacinação da população brasileira. A campanha de vacinação poderia ter-se iniciado ainda em dezembro de 2020 e o país poderia ter recebido, até o final do primeiro semestre de 2021, pelo menos 22 milhões de doses da vacina” diz o relatório.