
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, alertou para os impactos da guerra comercial entre Estados Unidos e China e disse que a priorização de relações mais críticas pelos EUA não favorece o Brasil, assim como o avanço do comércio da China no primeiro trimestre pode ser preocupante. As considerações foram feitas durante evento Desbloqueando o Potencial Industrial Verde do Brasil: aproveitando a inovação, políticas e capital para liderar a transição global, promovido pela CNI em parceria com o jornal americano Financial Times, na última semana (13), em Nova York.
Alban também defendeu o protagonismo do Brasil no novo ciclo de desenvolvimento sustentável e destacou o potencial competitivo do país em setores estratégicos da indústria verde. “Temos vantagens competitivas claras, que vão desde as energias renováveis até a produção de commodities, passando por um bioma singular e uma indústria com enorme potencial de agregação de valor. E se temos condições tão favoráveis, não podemos desperdiçar a chance de nos posicionar como agregadores no conceito de sustentabilidade”, afirmou o presidente da CNI, o baiano Ricardo Alban.
Questionado sobre os desafios atuais da indústria, o presidente da CNI apontou a complexidade tributária e o atual modelo da política monetária como gargalos que precisam ser enfrentados. “Vamos passar por um período crítico com a transição da reforma tributária. Não é a ideal, mas é a possível. Também precisamos repensar a política de juros, que desconsidera a resiliência da nossa capacidade de consumo. Vamos trabalhar muito para deixar essa retórica de país do futuro, o Brasil é o país do agora”, avaliou.

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