A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que administra o Santuário Basílica de Trindade, em Goiás, se tornou alvo de uma operação, do Ministério Público, para apurar os gastos da entidade.
Os promotores investigam se a associação desviou R$ 120 milhões de doações para comprar uma casa de praia, de R$ 2 milhões, em Guarajuba, no litoral norte da Bahia, além de fazendas, do padre Robson de Oliveira, que comandava o órgão religioso.
O MP aponta que, em 10 anos, a Afipe movimentou R$ 2 bilhões. O dinheiro seria usado para a construção da nova Basílica, orçada, inicialmente, em R$ 100 milhões. A construção, que tinha previsão de entrega para 2022 e foi adiada para 2026, ainda está na fase de fundação.
Os advogados do padre Robson negam irregularidades no uso do dinheiro das doações, que chegava a R$ 20 milhões por mês. Segundo eles, os investimentos em outras áreas eram uma forma de tentar aumentar os lucros da igreja e, assim, poder expandir as obras sociais.