O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MPBA) deflagrou 75 operações contra o crime organizado no estado em 2024. Em comparação aos números registrados no ano anterior (40), o MPBA observou um aumento de quase 60% no número de ações no enfrentamento às facções, e mais de 430% em relação a 2020 (14). As ações contemplaram 65 municípios de diversas regiões do estado da Bahia.
As operações resultaram em 67 prisões, 350 mandados de busca e apreensão cumpridos e R$ 240 mil em espécie apreendidos. A pedido do MPBA, mais de R$ 2 bilhões foram bloqueados pela Justiça, com foco em sufocar o patrimônio das organizações criminosas (Orcrins), um dos quatro pilares da estratégia adotada contra as facções. Os outros pilares são a atuação contra os grupos de extermínio, ações especiais dentro do sistema prisional e enfrentamento às milícias, pilar em que o MPBA atua com o Gaeco e com o Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), em operações integradas com as forças de segurança pública do Estado, principalmente junto à Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Nos últimos dois anos, a atuação interinstitucional resultou em 36 operações contra policiais investigados por ações criminosas e o número de policiais denunciados criminalmente teve um aumento maior que 330% e saiu de 36, em 2021 e 2022, para 156, no período de janeiro de 2023 a dezembro de 2024. Segundo a SSP, durante a intervenção no presídio local de Feira de Santana, houve redução de 78,6% nos índices de crimes violentos letais intencionais (CVLI) na região.
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