Rogério Gomes. Foto: Felipe Iruatã/A Tarde.

Hidratantes, esfoliantes, tônicos, água micelar, protetor solar. Uma infinidade de produtos de cuidados com a pele tem tomado conta das prateleiras, ocupando um espaço cada vez maior nos mostradores. O setor está expandindo, alcançando novos públicos no país, e se, para outros ramos, a pandemia representou crise e fechamento de negócios, para os produtos de skincare o ano de 2020 foi uma escalada de crescimento.

O resultado é um impacto significativo na produção industrial. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), de janeiro a dezembro de 2020, o segmento de cuidados com a pele teve alta de 21,9% nas vendas, quando comparado com o mesmo período de 2019. Os maiores destaques foram, para o rosto, as máscaras de tratamento faciais, com 91% de crescimento, e, para os produtos de cuidados com a pele do corpo, os esfoliantes corporais, que apresentaram crescimento de 153,2%.

Popularizados como “skincare”, expressão em inglês para “cuidados com a pele”, no ano passado, os produtos e novas técnicas relacionados à pele se espalharam pelo país. Com mais tempo em casa, sem ir à rua ou encontrar outras pessoas, a maquiagem foi para o escanteio, e consumidores passaram a investir mais em cuidados com efeitos mais duradouros voltados à pele e ao cabelo, na expectativa de um retorno próximo à vida normal.

Nesse período, as franquias da The Body Shop em Salvador também observaram o crescimento das linhas de skincare nas vendas. “A divisão de categorias se intensificou e a categoria de skincare se sobressaiu. Se antes a gente estava vendendo em torno de 35% de skincare, hoje passa de 40% e em alguns meses chega a ser 45% do faturamento só de skincare”, ressalta o empresário Rogério Gomes, que comanda as franquias da The Body Shop na capital baiana.

No cenário de pandemia, a marca teve que se adaptar às restrições, apostando, sobretudo, em tecnologia e em logística diversificada. “Do ponto de vista comercial, a gente passou a fazer delivery e trabalhar com outros marketplaces em alguns shoppings em que a gente se encontra. Estamos com vendas na Rappi e a marca tem um aplicativo próprio que também faz vendas e pode direcionar para as lojas. Além disso, a gente faz uma abordagem muito intensa via WhatsApp com os quase 30 mil clientes cadastrados em todas as lojas. Temos um mailing e um contato bem extenso para fazer vendas via delivery”, explica Rogério.

* Conteúdo extraído do Jornal A Tarde.