Fernando Haddad. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a postura do Brasil será de negociar, e não retaliar, a taxação de 25% sobre o aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos, em um primeiro momento. A declaração aconteceu em encontro com a imprensa após reunião com os representantes do setor da indústria do aço no país. “Não vamos proceder assim [com retaliação] por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou ‘muita calma nessa hora’. Nós já negociamos outras vezes em condições mais desfavoráveis que essa”, disse Haddad.

Durante o encontro, os empresários trouxeram argumentos muito consistentes de que a taxação não é bom negócio sequer para os norte-americanos. Na ocasião, o Instituto do Aço apresentou propostas ao governo federal, mas Haddad não concedeu mais detalhes sobre as sugestões, mas informou que o relatório servirá de subsídio para as negociações lideradas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Vamos levar para a consideração do governo americano que há um equivoco de diagnóstico”, ressaltou o ministro.

A medida, que entrou em vigor também nesta quarta, impacta diretamente as exportações brasileiras. Vale ressaltar, que os EUA são um dos maiores compradores do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. “Os Estados Unidos só têm a perder, porque nosso comércio [bilaterial] é muito equilibrado”, afirma Haddad.

Fernando Haddad. Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil

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