Riachão. Foto: Antonio Brasiliano

No dia 14 de novembro, a Natura Musical, plataforma cultural da Natura, e a Giro Planejamento Cultural vão lançar o álbum “Onde eu cheguei, está chegado”, disco póstumo do sambista baiano Riachão. A iniciativa visa homenagear o artista que faleceu em 2020, aos 98 anos, enquanto celebrava a produção do seu álbum com músicas inéditas de sua autoria. “Se Deus Quiser Eu Vou Chegar aos 100” teria sido o título do disco que Riachão.

Com produção musical de Paulo Timor e Caê Rolfsen, o projeto conta com nomes como Roberto Mendes, Juliana Ribeiro, Enio Bernardes, Pedro Miranda e Nega Duda e terá as 10 faixas do projeto original com vozes gravadas por Riachão. Junto com o disco, entrará no ar um site que abrigará um amplo acervo de fotografias, reportagens, discos, fonogramas e documentos audiovisuais que apresentam a vida e a obra do sambista ao longo de mais de seis décadas.

Riachão teve mais de 500 composições, muitas delas nunca gravadas, de samba autêntico e de tradição oral, algumas interpretadas por artistas como Jackson do Pandeiro, Jamelão, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho, Cássia Eller, Zélia Duncan e muitos outros. Patrimônio baiano e brasileiro, foi parceiro de irmãos de samba como Batatinha, Edil Pacheco, Walmir Lima, Panela e tantos outros que fizeram da boa música baiana profissão de fé.

“Este projeto resulta de um senso de compromisso cultural com a Bahia e o Brasil no que diz respeito ao fortalecimento e prolongamento das criações musicais deste grande cantor e compositor. Quando ele morreu, estava extremamente animado com o projeto e o disco estava em processo de escolha de repertório. A readequação de tudo não foi simples, mas, quatro anos depois, cremos que estamos prestando a homenagem mais à altura de Riachão possível”, conta Joana Giron, da Giro Planejamento Cultural.

“Ele estará presente no disco, mesmo após a sua partida, com quatro vozes dele gravadas anteriormente. A gente queria o Malandro cantando, e felizmente conseguimos: a voz imortal de Riachão, que é sempre o seu melhor intérprete”, diz Paulo Timor. Além disso, serão disponibilizados três mini documentários, dirigidos por Claudia Chávez, da Apus Produtora de Conteúdo, sobre o processo de realização do projeto.

Riachão. Foto: Antonio Brasiliano

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