Nizan Guanaes. Foto: Reprodução.

Em entrevista concedida para o NeoFeed, Nizan Guanaes falou sobre os novos esportes e os atletas enquanto “marcas” nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O investidor de startups e estrategista de gigantes empresariais tirou dez dias para ver as Olimpíadas e observar, como ele diz “a história, o modo dos nossos tempos”.

O publicitário baiano afirmou estar fascinado com os novos esportes nas Olimpíadas. “Eles estão rejuvenescendo a Olimpíada”, disse. Também, Guanaes expressou estar maravilhado em como atletas como Ítalo Ferreira, Douglas Souza e Rayssa Leal estão se portando enquanto marca. “Não dá para você querer entender o tempo de hoje sem entender o que o Douglas do vôlei é. A Rayssa (Rayssa Leal, medalha de prata em Tóquio) vai ser uma loucura. Compreender o tempo é fundamental”.

Gauanes teceu, ainda, uma crítica a Gabriel Medina, quem ele diz ser seu ídolo, mas enalteceu Ítalo Ferreira. “O meu ídolo, Gabriel Medina, está perdendo a narrativa. Ele precisa tomar cuidado. Tem toda uma história, um ruído, a vida pessoal está interferindo nele como marca”. Sobre Ferreira, compartilhou: “Que coisa maravilhosa esse Ítalo Ferreira, um dos maiores homens de marketing que eu já vi”.

“Presta atenção no vídeo dele recebendo a medalha. Ele conduz toda a fotografia. Comecei a acompanhar esse rapaz desde o primeiro dia. Ele começou a criar gestos. Os grandes homens da história têm esse senso. O Churchill era um frasista. Esse menino tem senso de história, de comunicação. Ele criou uma foto, deu uma cambalhota para pautar a imprensa. Criou a frase, “diga amém que o ouro vem”. É um cara que fica ligado, ele vai com a prancha de isopor dele, que ele começou. Ele tem uma construção da narrativa e essa é a era da narrativa. Ali, você está diante de um homem que é estrategista de si mesmo”, explicou.