O comitê norueguês do Prêmio Nobel da Paz de 2022 anunciou na manhã de hoje a vitória do ativista da Belarus Ales Bialiatski, do grupo russo de direitos humanos Memorial e do Centro para Liberdades Civis da Ucrânia. A láurea acontece paralela ao avanço bélico de Vladimir Putin à Ucrânia.”Eles [premiados] fizeram um notável esforço para documentar crimes de guerra, abusos de direitos humanos e de poder”, afirmou o comitê. “Juntos, mostram a importância da sociedade civil para a paz e a democracia”.Um dos premiados, Ales Bialiatski, é diretor da principal organização bielorrussa de defesa dos direitos humanos, a Viasna, e está preso na Belarus. O Memorial russo, mais antigo grupo de direitos humanos do país, foi fundado por dissidentes soviéticos e, em dezembro de 2021, a Suprema Corte russa determinou a dissolução da organização. Já o Centro de Liberdades Civis da Ucrânia, cresceu sua atuação desde a invasão russa e monitora desaparecimentos forçados que alega serem promovidos por forças militares russas em território ucraniano.Este é o segundo ano em que o Nobel da Paz traz para o centro do debate críticas ao governo de Putin na Rússia.
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