A mesma mutação genética que tornou o Coronavírus mais infeccioso também pode fazer com que ele se torne mais vulnerável às vacinas, é o que aponta o trabalho de pesquisadores norte-americanos. O grupo liderado pelo cientista Drew Weissman, da Universidade de Pensilvânia, disse em que a chave deste processo está na mutação nomeada D614G.
Esta mutação específica aumentou o número de espinhos, ou “spikes” do Coronavírus. As estruturas são formadas pela proteína S. Estes espinhos permitem ao vírus se conectar às células das mucosas e infectá-las, para começar a sua duplicação.
Os cientistas ressaltam, no entanto, que essa mutação não será um problema para as vacinas que estão em estágio final de teste. Isso porque é justamente para combater este espinho que elas estão sendo desenvolvidas.
As vacinas são preparadas para induzir a formação de anticorpos neutralizantes que atacam a proteína S. Com mais espinhos, vai haver mais espaço para os antígenos da vacina atuarem na defesa e para poder, assim, neutralizar a ação do vírus.