Orquestra Agbelas. Foto: Lucas Ferraz.

Na última sexta-feira (02), durante a Festa de Iemanjá, Salvador recebeu uma oferenda musical da Orquestra Agbelas, que traz uma experimentação percussiva Afro-brasileira. A iniciativa, originalmente, surgiu com o intuito de ensinar como confeccionar e tocar o Agbê, instrumento percussivo africano inspirado no xequerê. Porém, o projeto evoluiu e começou a abordar o protagonismo da mulher e do instrumento, assim como a cultura e ancestralidade.

Sob liderança da educadora, ativista e percussionista, Giovanna Paglia, o movimento oriundo das comunidades do Distrito Federal se alinhou ao “Movimento Mulheres da Encantaria”, do Alto da Sereia, na capital baiana, reforçando a conexão entre a tradição africana e a arte. O projeto também pesquisa sobre os ritmos afro-diaspóricos. Além disso, estudam também a cabaça, a qual guarda um símbolo ancestral, e dentro da oferenda musical do grupo, está ligado ao feminino.

Com isso, a obra do movimento envolve a sonoridade do Agbê, danças e cantos. Assim, trazendo manifestações culturais, ancestralidade e destacando temas que envolvem as mulheres negras e justiça climática.

Por fim, o Agbelas tem como padrinho o cantor, compositor e multi-instrumentista baiano, Carlinhos Brown. Após o término da participação da orquestra, no Dia de Iemanjá, elas seguiram para a Enxaguada, evento que aconteceu na Vila Caramuru, em Salvador, sob o comando do Cacique do Candeal.

Orquestra Agbelas. Foto: Lucas Ferraz.
Agbê da Orquestra Agbelas. Foto: Lucas Ferraz.

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