
Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, pelo placar de 4 a 1, Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A Corte ainda definiu que o ex-presidente terá uma pena de 27 anos e 3 meses. Nesta sexta-feira (12), o presidente do Partido Liberal (PL) na Bahia, João Roma, esteve presente no 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, em Salvador, e comentou o julgamento de Bolsonaro. Segundo ele, em entrevista ao Anota Bahia e ao Grupo A TARDE, a condenação trata-se de um processo “orquestrado para que possa punir aquele que tanto fez pelo Brasil”.
Roma afirma que o voto do ministro Luiz Fux, o único a se opor à condenação do ex-presidente, mostra que não há previsão constitucional para o julgamento na Primeira Turma, formada também por Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
“Ele, presidente da República sendo, deveria ser julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal. Mas o que estamos assistindo é uma suprema injustiça ocorrendo no Brasil. Aqueles que não são simpatizantes do presidente, veem com clareza o grau de perseguição e ataques que Bolsonaro e sua família vem sofrendo por um processo que claramente é um processo de vingança, não um processo judicial. Então é algo orquestrado, montado com muita clareza, para que possa punir aquele que tanto fez pelo Brasil”, declarou.
O presidente do PL Bahia acredita que a discussão sobre a anistia deve voltar a se movimentar, na próxima semana, e que a população deve se mobilizar para a restauração da liberdade civil e política de Bolsonaro.
“Eu percebo que há sim um grau de amadurecimento, inclusive de partidos que não são exatamente vinculados nem mesmo à direita ou ao presidente Bolsonaro. Então, o que se percebe é que em outros momentos da história do Brasil já se recorreu à questão da anistia. E o que nós defendemos e prezamos não é uma queda de braços, não é um nosso contra eles, mas sim, serenar os ânimos do nosso Brasil e que a gente possa construir um futuro para a nossa população”, destacou.
Roma ainda demonstrou que enxerga o atual momento como “muito desgastante, um momento de extrema perseguição, de verdades absolutas”, mas que o futuro do Brasil precisa ser debatido. “Eu tenho realmente uma forte esperança que esse consenso paire no Congresso Nacional, repito, não para que ocorra um nó contra eles, mas que a gente consiga serenar o Brasil e seguir para um novo momento na nossa República”.
Acerca das possíveis alternativas para a direita, tendo em vista as Eleições de 2026, João Roma afirmou que não existe um ‘plano B’ e que a sigla está ao lado de Bolsonaro, mesmo com o ex-presidente inelegível e condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e outros três crimes da ação da Trama Golpista.
“Acho que muitas movimentações estão ocorrendo, que são legítimas, mas para nós uma eleição sem a participação do maior líder da direita, aquele que pontua melhor nas pesquisas, que coloca o povo na rua, que despertou o sentimento de patriotismo dos brasileiros, seria sim esse um grande atentado à democracia”, disse.

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