Painel sobre Relações Humanas do Instituto Washington Pimentel. Foto: Divulgação

O Instituto Washington Pimentel realizou, na tarde desta quarta-feira (11), o painel “Como vencer o apagão de talentos e mão de obra – O agro que desenvolve, engaja e valoriza pessoas”, reunindo especialistas e lideranças do setor para debater os desafios e soluções na gestão de pessoas no agronegócio.

Participaram do painel Vitor Igdal (Presidente da ABRH Bahia), Marco Ferreira (Diretor de Gestão Estratégica e Gerente de Relações Institucionais da FIEB), Terezinha Silva (Diretora Geral do Núcleo Oeste da ABRH Bahia e Coordenadora de Gestão da TV Oeste), Zezé Campos (Gerente Executiva da TV Oeste), Juliana Carvalho (Diretora de Inovação da ABRH Bahia e Diretora de RH da Schimidt Agrícola), Gustavo Rodrigues Prado (Diretor Executivo da Abapa), Rogério Rodrigues (Diretor Administrativo da Agrosul Máquinas) e Regilda Neves (Diretora de Gestão Estratégica da ABRH Bahia e Gerente de RH da Agrosul – John Deere).

Abrindo o debate, Vitor Igdal, que foi o mediador, destacou a necessidade de evolução do RH: “O princípio da colaboração é uma das maneiras de tentarmos resolver essa situação. A gente entende que o papel do RH é muito mais que cuidar dos recursos, mas das relações. Em 2023, avaliamos o nível de RH na Bahia e 85% está apenas no nível de Departamento Pessoal. Isso demonstra o RH somente como operacional e revela a necessidade de trazer essa importância ao maior capital que é o capital humano”.

Terezinha Silva ressaltou o protagonismo do setor de pessoas: “Estamos vivendo um momento de diversidade de propósitos, gerações, necessidades e estamos também numa crescente do RH estar no centro das discussões e ter protagonismo. A gente precisa ter dentro da nossa empresa esse setor de pessoas para cuidar dos nossos talentos”. Rogério Rodrigues reforçou a centralidade das pessoas no agro: “Não há possibilidade de a gente chegar a algum lugar sem pessoas. A área de gestão de pessoas tem um peso gigantesco na nossa empresa. Aquelas máquinas gigantes são muito importantes, mas elas precisam de pessoas para serem operadas”.

Juliana Carvalho trouxe a importância do engajamento: “Não se faz safra com pessoas desmotivadas. A gestão de pessoas é justamente acompanhar e enxergar essas pessoas que fazem o agro acontecer. Tenho apenas 2 anos no oeste, mas percebo um movimento diferente de cuidados com detalhes, com a moradia, com o dia a dia, com a cultura da empresa, exemplo da Schmidt, que já está na segunda academia de lideranças e conta com 50 pessoas”.

Regilda Neves fez um resgate histórico: “Se a gente retroceder alguns anos, o agro era muito mais manual. Depois houve um boom tecnológico e, operacionalmente falando, nós temos que trazer pessoas do campo para trabalhar nesse que é o ambiente mais tecnificado do Brasil. Um RH bem posicionado entrega um resultado positivo mesmo que pareça mais custo”.

Gustavo Rodrigues Prado alertou para a necessidade de priorizar as relações humanas: “Se a gente não pensar em todo esse ecossistema considerando o RH, se o produtor não priorizar a área de relações humanas como empresa, ele pode ser engolido por essas mudanças. A gente sabe que é um passo dado de cada vez, essa geração de agora, por exemplo, já pensa de maneira diferente e já implementa algumas mudanças”.

Zezé Campos destacou a valorização crescente do RH: “Essa transformação é visível não só no agro, mas em vários setores. Essa é uma área que nós vemos mais estruturada e sendo mais valorizada. O 1⁰ congresso de RH é um exemplo dessa valorização que está acontecendo e crescendo”. Marco Ferreira completou: “Antigamente se pensava que só o salário manteria o funcionário na empresa e hoje você vê o RH pensando na cultura, no ambiente de trabalho saudável, em estratégias para melhorar essa qualidade no trabalho. Nós percebemos que os RHs estão interessados em promover essas transformações”.

O painel reforçou a missão do Instituto em promover a importância da gestão de pessoas como diferencial competitivo no agro, mostrando que o futuro do setor depende de equipes engajadas, ambientes saudáveis e liderança preparada para os desafios de um mercado cada vez mais dinâmico e tecnológico.

Painel sobre Relações Humanas do Instituto Washington Pimentel. Foto: Divulgação

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