QUEBRA DO ISOLAMENTO TEM SIDO CADA VEZ MAIS COMUM EM DIFERENTES CIDADES PELO BRASIL. FOTO: REPRODUÇÃO

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Clarissa F. Etienne, afirmou, em entrevista à imprensa nesta terça (16), que a desaceleração de casos na região não está ocorrendo.

“Atualmente os EUA concentram 54% de todos os casos das Américas. O Brasil concentra 23% de casos e 21% de todas as mortes. Não estamos vendo uma desaceleração de contágio”, diz Clarissa. Ela afirmou que os países precisam lidar com a pandemia de forma conjunta.

O diretor para doenças infecciosas da Opas, Marcos Espinal, alertou também que, se as medidas para conter a disseminação do vírus não forem adotadas ou reforçadas, a região terá uma pandemia mais longa que a Europa.

“Tudo indica que, se as medidas de mitigação recomendadas pela OMS e pela Opas não forem adotadas ou reforçadas, [a pandemia] pode durar muito mais tempo que na Europa. A epidemia ainda não passou do pico na América Latina”, alertou Espinal.

Ele destacou, ainda, que a região deve ver uma “onda importante” da doença nos meses de junho e julho, e lembrou a necessidade de continuar as medidas de prevenção.