Estão abertas, até o dia 07 de março, as inscrições para o Recode Pro Aldeia, programa de formação em tecnologia para jovens indígenas do Brasil inteiro. O projeto, criado por um grupo que reúne o Instituto Alok, a Osklen, o Instituto-E e a Recode, vai promover empreendedorismo e empregabilidade. A iniciativa possibilitará empoderamento digital para que os povos originários desenvolvam soluções, a partir de suas vivências e olhares, para manter a floresta em pé.
“O acesso e o domínio da tecnologia pelos jovens indígenas abre novas possibilidades para que empreendam e tragam soluções socioambientais inovadoras a partir do encontro entre sabedoria ancestral e contemporaneidade”, disse Alok. Este é o primeiro projeto apoiado pelo Fundo Ancestrais do Futuro, que reúne o Pacto Global da ONU no Brasil, a Welight e o Instituto Alok. “É uma ação inédita, estamos super animados para esta interação tecnológica com a criatividade indígena”, completa ele.
Para Oskar Metsavaht, diretor de Criação da Osklen e fundador do Instituto-E, a manutenção da cultura e da identidade passa pela conexão entre os jovens e deles com o mundo. “Acreditamos que a união do conhecimento ancestral e do saber contemporâneo é poderosa para que os jovens se conectem, identifiquem suas necessidades e criem suas próprias soluções com o uso da tecnologia”, destaca ele, que também é Embaixador da UNESCO para Sustentabilidade e da ONU para a Década dos Oceanos.
O Recode Pro foi criado em 2019 e desde então, a taxa média de empregabilidade dos formados nos ciclos é de 80%. “Queremos estimular a geração de conhecimento e a formação dos talentos indígenas com habilidades técnicas e socioemocionais que vão ajudá-los a criar soluções que trarão benefícios para a vida deles próprios e das suas aldeias. É o uso da tecnologia como ferramenta de transformação social”, explica Rodrigo Baggio, fundador e CEO da Recode.
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