Congresso Nacional. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite da última terça-feira (16), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dificulta o andamento de processos criminais contra deputados e senadores. O texto determina que qualquer ação penal contra parlamentares precisa de autorização prévia da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. Além da decisão contar com voto secreto, a proposta ainda concede foro no Supremo Tribunal Federal (STF) para presidentes de partidos com assentos nas Casas.

Agora, a chamada PEC da Blindagem será enviada para aprovação no Senado. Caso o resultado seja favorável, os processos judiciais só poderão ser julgados no STF, após autorização dos parlamentares. Portanto, o texto dá liberdade que deputados e senadores barrarem ações de contra colegas. Para os apoiadores do projeto, a proposta é uma resposta ao que consideram abuso de poder do Supremo.

Apesar do avanço da tramitação, a PEC deve sofrer resistência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), visto que, o presidente Otto Alencar (PSD-BA) se mostrou contrário. “A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos surpresos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária”, disse nas redes sociais.

Já para o relator Claudio Cajado (PP-BA), o texto concede proteção para os deputados exercerem suas funções sem “perseguição política”, atuando como escudo. “Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa”, explicou.

Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados. Foto: Zeca Ribeiro

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