
No dia 16 de abril, moradores do povoado de Pau d’Arco, no sudoeste baiano capturaram um pirarucu de 78kg. O peixe avermelhado da Região Amazônica não é natural dos rios baianos. No entanto, semanas antes, outro animal da mesma espécie foi encontrado em Dom Basílio, na mesma região. As informações foram divulgadas em reportagem do Estadão. O pirarucu é um peixe de água doce carnívoro, se alimentando de outros peixes e crustáceos. Podendo chegar até 3 metros de comprimento e 200kg, a espécie se torna uma ameaça ao equilíbrio do ecossistema do local onde é invasora.
“A existência de pirarucu vivendo livremente nas águas do rio [São Francisco] pode colocar em perigo a existência de outras espécies de peixes da região e, assim, promover perda da biodiversidade da ictiofauna local. A sua presença está ligada, muito provavelmente, à existência de fazendas de cultivo dessa espécie”, disse o professor de Ecologia e Biodiversidade da UFBA e pesquisador, Francisco Kelmo, ao Estadão.
Esse caso, em água doce, se junta a outro episódio, mas em água salgada. A recorrência aumenta o alerta para a manutenção do equilíbrio do ecossistema. Mergulhadores flagraram a presença de um peixe-leão pelas águas da Baía de Todos-os-Santos, em Salvador. Originário do Indo-Pacífico, o peixe é uma espécie invasora, venenosa, de rápida reprodução e sem predadores naturais, sendo assim, uma ameaça ao ecossistema local. A espécie se alimenta de vários peixes nativos, o que pode prejudicar a cadeia alimentar.

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