Pesquisadoras baianas. Foto: Divulgação.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil é o líder na produção de morangos na América do Sul. Seu cultivo chega a ocupar o equivalente a cinco mil campos de futebol. Diante dessa importância, as engenheiras agrônomas Priscila Miranda e Zilda Cristina, orientadas por Raquel Pérez e Aldenise Alves, desenvolveram uma pesquisa, realizada no município de Barra do Choça, no interior da Bahia, sobre como as abelhas sem ferrão podem melhorar o plantio da fruta.

A ideia surgiu após as pesquisadoras identificarem a ausência de estudos sobre o uso das abelhas no cultivo de morango. “As avaliações dos benefícios promovidos pelas visitas de abelhas sem ferrão são frequentes, pois elas costumam ser encontradas nas flores de culturas agrícolas facilmente manejadas e possuem baixa ou nenhuma agressividade. Porém, há uma escassez de estudos em propriedades comerciais em campo aberto, sem estufas. Desse modo, a ideia do projeto foi promover respostas a essa carência de trabalhos e pesquisas”, diz Priscila Miranda.

De acordo com Priscila, os morangos foram avaliados em dois momentos. Primeiro, em condição natural de plantio, depois com a introdução das abelhas das espécies conhecidas como Iraí e Jataí. “Tudo indica que a cultura do morango se beneficia com o serviço ecossistêmico prestado pelas abelhas, o que possibilita a recomendação de manejo destas duas espécies de abelhas sem ferrão para suplementação da polinização em áreas de cultivo aberto, que possam apresentar algum déficit de polinização, bem como a melhor estação do ano que possa se beneficiar com os serviços das abelhas”.

O projeto conta com o apoio da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e do Sítio Muritiba, sob comando da produtora Solange Gomes.

Morangos. Foto: Canva.

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