Petrobras. Foto: Divulgação.

A Petrobras obteve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a licença para iniciar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região apontada como uma nova fronteira energética do país. A estatal informou que a perfuração no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá, começará “imediatamente”.

O poço está localizado a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas. A fase inicial, com duração estimada em cinco meses, busca identificar a presença de petróleo e gás em escala econômica. O Ibama afirmou que a autorização foi concedida após um “rigoroso processo de licenciamento ambiental”, que incluiu estudos de impacto, audiências públicas, reuniões técnicas e simulações de emergência. O órgão destacou avanços na estrutura de resposta ambiental e na criação de um centro de atendimento à fauna em Oiapoque (AP).

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, classificou a licença como “uma conquista da sociedade brasileira” e afirmou que a companhia cumpriu todos os requisitos ambientais. A exploração na Margem Equatorial é considerada estratégica para a Petrobras e o governo federal. A região, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é comparada ao pré-sal pelo potencial estimado — até 10 bilhões de barris de óleo equivalente, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Ambientalistas, no entanto, alertam para os riscos ecológicos e questionam a compatibilidade da iniciativa com as metas de transição energética. A Petrobras sustenta que a atividade é segura e necessária para garantir a autossuficiência do país na próxima década.

Petrobras. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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